Férias em paz: Santos leva sufoco, mas vence Fortaleza e respira fora do Z-4
- Adalton Bonaventura

- 14 de jun.
- 2 min de leitura
O torcedor do Santos pode, enfim, respirar. A vitória por 3 a 2 contra o Fortaleza, na última quinta-feira (13), foi daquelas que misturam alívio, sofrimento e esperança. O Peixe começou mal, viu o adversário bombardear o gol de Gabriel Brazão com mais de 30 finalizações, mas mesmo assim saiu do primeiro tempo com um 2 a 0 no placar. O segundo tempo começou com cara de tragédia, mas terminou com gol da vitória e um suspiro de paz antes da pausa do Brasileirão.
O jogo foi uma montanha-russa. Nos primeiros 20 minutos, o Santos parecia perdido em campo, encurralado, sem conseguir sair jogando. O Fortaleza finalizava de todos os jeitos e de todos os cantos. Só que o futebol tem dessas: quem não faz, leva. E o Peixe, em duas chegadas cirúrgicas, aproveitou os espaços e foi letal. No primeiro, Guilherme roubou uma bola no meio e tocou para Rollheiser, que achou Barreal com um passe açucarado. Gol. Depois, o próprio Guilherme apareceu como finalizador e ampliou: 2 a 0.
Parecia o cenário perfeito para construir uma vitória tranquila e começar a se reerguer no campeonato. Só parecia. A volta do intervalo foi um pesadelo em fast-forward: em apenas quatro minutos, dois pênaltis bobos — um toque de mão de Zé Ivaldo e uma falta de Escobar — colocaram o Fortaleza de volta no jogo. Pikachu cobrou os dois com precisão e empatou.
A pressão aumentou, e a tensão tomou conta do time e da torcida. Até que apareceu a estrela de quem entra ligado. Gabriel Bontempo, que acabara de entrar, adivinhou uma saída errada do Fortaleza, roubou a bola e rolou para Rollheiser. O argentino, o mais lúcido em campo, dominou na entrada da área e bateu firme no canto. A bola ainda beijou a trave antes de morrer na rede. Um golaço. E um respiro.
O Santos volta para casa com três pontos dourados, fora da zona de rebaixamento e com um mês inteiro pela frente para ajustar a casa. O técnico Cleber Xavier, ainda em início de trabalho, fez algumas escolhas contestáveis, como a entrada de Zé Ivaldo na lateral, mas mostrou boas ideias e tem agora a chance de organizar o elenco com calma. Precisamos urgentemente reforçar o setor defensivo.
Por enquanto, dá pra sorrir. O torcedor santista vai passar as “férias” em paz e com a certeza de que, se o time aprender a sofrer menos, pode entregar muito mais no segundo semestre.
Créditos foto - Raul Barletta / Santos







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