Santos não é laboratório: Luxemburgo não pode ser a solução
- Adalton Bonaventura

- 28 de abr.
- 2 min de leitura
O mercado de técnicos para o Santos virou um verdadeiro drama. E o pior é ver que, diante de um cenário já caótico, a diretoria ainda cogita Vanderlei Luxemburgo como opção — seja como treinador, seja como coordenador técnico. Isso é inadmissível.
É inacreditável que em 2025 ainda se pense em Luxemburgo como solução para algo. O trabalho dele no Corinthians em 2023 foi um desastre completo: sem padrão de jogo, sem comando, colecionando vexames.
O que se viu foi um técnico ultrapassado, completamente desconectado do futebol moderno. Agora, cogitar o nome dele no Santos, seja para a beira do campo ou para uma função que ele nunca exerceu na vida, é brincar com o tamanho do clube.
O Santos Futebol Clube não pode ser o primeiro estágio de ninguém. Não é para amadores, nem para apostas. A situação é gravíssima: o time é vice-lanterna do Brasileirão, com risco real de um novo rebaixamento, e a diretoria pensa em dar a Luxemburgo a responsabilidade de liderar o projeto de reconstrução? Isso é um desrespeito com a história e com a torcida.
Além disso, Luxemburgo nunca foi diretor de futebol ou coordenador técnico em clube nenhum. Não faz sentido colocá-lo nessa posição em um momento tão delicado. O Santos precisa de um projeto sério, com profissionais capacitados, atualizados e que saibam exatamente o que estão fazendo. Não dá para arriscar com quem já mostrou que ficou no passado.
Enquanto isso, o clube ainda precisa pagar a multa rescisória de Pedro Caixinha para registrar um novo técnico. E mesmo com a corda no pescoço, Marcelo Teixeira e sua gestão parecem mais preocupados em soluções rápidas do que em soluções corretas. Uma escolha errada agora pode significar repetir o pior capítulo da nossa história.
A torcida do Santos é apaixonada, mas não é burra. A Vila Belmiro protestou com razão depois da derrota para o Bragantino. E vai continuar protestando se decisões equivocadas forem tomadas. O Santos merece respeito. Merece profissionais à altura da sua camisa e da sua tradição.
Não queremos Luxemburgo. Nem como técnico, nem como coordenador, nem como símbolo de mais um erro dessa gestão.
Crédito Foto: Gabriel Machado/Agif/Gazeta Press









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